O amor também é uma escolha.
- Bobby Vini
- 23 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

Ontem uma amiga me abriu os olhos para um fato do qual eu já sabia, mas sabe aquelas coisas que precisamos ouvir dos outros para ter certeza de que é verdade e para se convencer daquilo. Tipo quando sua vó fala “eu te avisei que não era pra ter bebido”, puts, é aí que você se convence dos perigos relacionados ao alcoolismo; ou quando sua mãe diz “leva uma blusa pois vai fazer frio”, nossa dito e feito, você não queria levar mas sabia que iria precisar mais tarde; e por fim quando minha amiga disse: “O amor é uma escolha”, cara, como uma amizade de apenas dois meses consegue nos lembrar e nos convencer de algo tão importante!? Só sei que nada sei.

Eu já sabia desse fato, apenas precisava ser relembrado de uma forma diferente, que a vida se encarrega de mostrar, mas que na maioria das vezes nos recusamos a enxergar. Quando alguém disser para você que está sofrendo por amor, não o critique, talvez ele não saiba pelo que realmente está sofrendo. Pode ser pela decepção de uma traição, de uma separação, de uma briga, mas nunca sofrendo por amar, pelo contrário, quando escolhemos amar, qualquer coisa que seja, tudo fica mais leve e claro na vida. Por isso tanta carência, abstinência e sofrência se passam equivocadamente por amor.

É interessante falar do amor como escolha, e não como um sentimento cego e desgovernado como a paixão, no amor somos nós que decidimos fazer permanecer ou deixar ir, cultivar para cresça ou abafar até que murche, agarrar com as duas mãos ou virar as costas. Quando conhecemos alguém bacana de início parece que já amamos, mas essa atração e interesse se transforma em amor se permitirmos, se fizermos dessa nossa escolha, e é a mesma coisa no término, quando começa a se instalar o desinteresse e os atrativos estão desgastados, se não houver a decisão da permanência do amor, e se essa não for mantida, pode ser que esse alguém amado se torne apenas um desconhecido.

“Nossa, mas você fala isso como se fosse a coisa mais natural do mundo”, sim e é. Muito me maravilha o poder que temos de fazer escolhas e tomar decisões, cuja implicação futura seja muito grande, mas o que temos é o agora, o hoje, para ser vivido da melhor maneira. Se não for para escolher amar, porque não deixar o outro livre para que seja amado por outra pessoa. E se não for para ser amado, porque ficar esperando o amor de alguém que parece vir mendigado.

Muito me admira aquelas pessoas que acreditam em destino, creem piamente que não precisam perseguir seus sonhos pois eles todos estão predestinados. É preciso uma enorme fé para confiar a própria sorte às mãos do improvável e incabível destino. E por vezes deixar de escrever o próprio caminho por conta de ter medo de fazer as próprias escolhas. Esse é um destino fadado ao fracasso quando a sua mais importante decisão fica por sorte do acaso. Por ora ainda acredito que posso mudar pelo menos meu mundo com minhas escolhas e quem sabe dar um significado unicamente especial a minha vida.
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